sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dreams really do come true.



Depois de um dia de sol, desses que inclui uma chuvinha inesperada, sempre aparece o fenômeno do arco-íris, que deixa uma criança de 60 anos encantada.
Foi então que ela pegou seu livro preferido da estante, calçou um par de sapatilhas nos pés e foi em direção daquele enorme escorregador. Despreparada, ao longo do trajeto, percebeu que faltava sua mochila de sonhos e uma porção de sorrisos que costumava guardar no baú de madeira nos pés da sua cama. A menina costumava deitar no telhado da casa, e olhar para os pássaros azuis que voavam no céu, imaginando que cada um deles dormia na cor azul do arco-íris todas as noites, por isso entendeu a cor azul. Ao longo do caminho, imaginando o que encontraria por lá, percebeu que o verde era igualzinho ao das balas de limão guardadas no pote de barro, na casa de sua avó.

Foi percebendo as cores e o movimento das nuvens carregando o vento e transformando todo o cenário de luz e vida, que fez com que a menina sentisse uma sensação de paz! pode associar o vermelho, com as rosas que deixara na sepultura de sua avó, aquela, a mesma das balas.

Longe, bem longe ainda de chegar no pé do arco-íris, pode lembrar dos momentos de euforia que viveu ao lado dos irmãos em lindos dias de sol, no gramado da casa de campo da família, e o mesmo tom de amarelo colocado no arco-íris fez ligação com o amarelo daqueles dias. A menina apressou seus movimentos intercalando entre um passo e outro, um leve pulinho do chão.
O brilho da tarde, fez com que ela criasse um sentido para as cores, que lhe ofereciam liberdade. Quando encontrou o pé do arco-íris, e atravessando as nuvens subiu até o topo, recostou-se no seu livro num estado sublime de recomposição espiritual. Viu o mundo lá de cima, com o reflexo todo colorido, e fez com que percebesse cada lugar, cada pessoa, com a sua particularidade ligada a uma cor. A menina rolava de um lado para o outro criando um mundo de cores, espelhados no cenário.
Fim do dia.
Mas antes que o ponteiro marcasse o fim, colheu as melhores sensações e levou para casa, para fazer companhia as suas preciosidades do baú, para poder sonhar todas as vezes que chovesse e abrisse o sol, num dia de arco-íris.


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