terça-feira, 31 de julho de 2012

segunda-feira, 30 de julho de 2012

a merda.

Às vezes simplesmente não dá pra delimitar quem somos. Lúcidos ou não, estamos todos atrás daquilo que nos pertence, e que todo dia nos escapa um pouco: nossas próprias vidas. Cada um de nós acha mais ou menos que sabe onde ela fica, e é pra lá que vamos sem pensar muito. Se por vezes acabamos meio parecidos com moscas cortejando a merda, bem, isso pode ser apenas um tremendo erro de julgamento. Para as moscas, que só vivem uma ou duas semanas, a merda é o máximo.

gabito nunes.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Aeroporto dói.

Detesto aeroportos. A porta de embarque tem um cheiro de tristeza, e aquele salão parece estar tomado de pessoas chateadas e sozinhas. Tem cheiro de saudade.
Aeroportos é um acúmulo de despedidas e reencontros, um misto de pessoas que começam a viver uma nova fase, com outras que encerram alguma fase. Detesto aeroportos. A gente se despede um do outro e prá quem fica, fica lá... sozinho, à deriva de uma dor de voltar prá casa sem alguém. E isso, isso é muito triste.
Pior é a incerteza da volta(e que volta?), porque quem sabe será o último beijo? o último olhar? Mas o abraço é que é o pior. É um desespero aquele abraço de aeroporto. Um silêncio e choro com soluço.
A perda é suportável, o que dói mesmo é a indefinição das coisas- pode acreditar.
É o não saber daquela volta aérea.
Ver aviões subindo sempre é dor de perda, algo que vai- e foi.
Nem mesmo a alegria de uma chegada, consegue ser maior que a dor da partida, naquele céu prá onde vai, e leva uma imensidão de sentimentos da gente.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

cega, surda e muda!


Um velório sem corpo.

- Vem aqui, vou te contar uma coisa minha filha!
Disse a avó com 84 anos, para sua neta de 24.
- Segura na minha mão e ouve bem o que a vó, tem para lhe dizer:
A verdade é que o que lhe aconteceu, foi um velório sem corpo. Tu, minha filha, teve que esquecer alguém sem a despedida, sem o adeus, sem o último toque, sem saber que findava, e por isso a tua dor.
Uma vez eu achei que a minha avó não enxergava as coisas como elas são, e pensava que ela não compreendia 2012 com totalidade. Mas essa conversa me fez ver que além da percepção de uma senhora, estava a verdade que eu custei para formalizar numa só frase.
Tá aí.
Exercito todos os dias uma conversa franca com meus botões, e por mais que os dias passem tem um silêncio que paira, uma interrogação no peito. Às vezes a gente só deixa a vida nos levar, como se fosse um rio que carrega lixo e troncos de árvores, mas se enfrentar e perceber o que acontece não costuma ser um hábito na nossa vida.
A dose da realidade, ela é sempre bem- vinda! Por isso: Obrigada vó, por estender a mão - enrugada e leve, nestes momentos em que a gente procura terminar com sentimentos que ainda não foram velados.


sábado, 14 de julho de 2012

ai,ai.

Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras,
voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser.

Caio

terça-feira, 10 de julho de 2012

'É só sorriso, mas não consegue chorar'

Estou realocando as situações, algumas pessoas, e alguns sentimentos aqui dentro do peito. Não estavam nos planos compartilhar o que era nosso.  Suas lágrimas me comoveram, mostraram lástima do que de fato habita seu coração. Seu anúncio importou, e colocou suas mágoas para fora.
Mesmo assim, preciso ser franca, porque tem coisas que eu prefiro esconder.

terça-feira, 3 de julho de 2012

teu lado em dúvida, oi?

Com a cabeça e os pés no chão eu escrevo este texto. No propósito de ajuda. Prá ti, porque eu tô dispensando. Frequentei muitas festas, bebi um bocado, dancei como se estivesse no meu quarto escuro eu e o espelho, e conheci pessoas também. Quando eu tinha 15 anos também fiz isso. E a sensação era um pouco menor. Me reunia com amigas, bebíamos numa menor proporção, e nos divertíamos muito, muito mesmo. Dá trabalho manter as aparências e agir naturalmente. A gente precisa quase que se dobrar para se mostrar inteira. E não é bem assim. Nem tudo passou, e nem tudo é leve e bem resolvido. E eu fico pensando que momento da vida tu também te dedicou prá ti? Será que dançou como deveria, será que comeu baurú depois da balada e se sujou como criança? Será que reuniu amigos e foram para festa mais inútil, e detalhe: aquela foi a melhor festa! E será que já trabalhou o dia inteiro e saiu numa terça-feira com espírito de sexta, e curtiu tanto?
Às vezes a gente mente tanto que "está tudo bem", sendo que a verdade e a realidade, ninguém nunca vai saber.