quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Pode ir 2012.

Quando aconteceu a virada este ano, já dava para sentir algo diferente. Como de costume eu não estava perto das minhas amigas, a gente não brindou com o vento da praia, fora que toda astrologia anunciava entrarmos no ano do fim do mundo. Por enquanto ainda estamos vivos, mas a impressão que dá, é que mesmo que o fim do mundo não aconteça, os dias tem nos devorado de tal maneira, que todos os dias anuncia algum fim. 2012 tem sido um ano de perda, sobretudo, de pessoas. Amigas interrompem relacionamentos, colegas perdendo colegas, pessoas perdendo empregos, agricultores perdendo grandes safras, política perdendo gente honesta para governar... Fora o celular que a gente perde, o ônibus, a academia, o show, os brincos, um aniversário, o capítulo da novela e as relações. Eu sinto tanto ter que passar por apoiar minhas amigas perdendo suas amigas, amigas que perdem um amor. Tenho visto tanta desgraça que quando recebo um convite de chá de panela, chego a agradecer ‘’Amém, vamos celebrar a alegria!’’. São difíceis os contrapontos que a vida apresenta. Difícil encontrar explicações que nos convençam de que até o fim o ano a gente vai superar tudo: principalmente as perdas.

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