quarta-feira, 25 de agosto de 2010

medeiros, martha

Corro atrás da felicidade possível.
E uma vez alcançado meu quinhão, não sossego: saio atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constante, aquela que ninguém nunca viu. E por isso minha raridade.
Amo com atropelo, cultivo fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos. Amo muito mais do que necessito. Sou sabidamente apressada, cheia de ânsias e desejos.
Penso acordada e dormindo, penso falando e escutando, penso antes de concordar e quando discordo, penso que pensam melhor, penso com clareza uns dias e com a mente turva em outros, penso tanto que pensam que descanso.

(Martha Medeiros)

Nenhum comentário:

Postar um comentário