os vinte e três trazem algo curioso...
Quando era mais nova escolhia roupas novas para passar o dia do aniversário,cantava parabéns na virada da meia-noite assoprando as velhinhas junto a família toda de pijama. Fazia chapinha! Queria estar bonita para me preparar para o 4 de Novembro. Os avós maternos nunca deixaram de me ligar, embora longe, sempre junto comigo. A ligação dos avós paternos sempre vinha uns dias depois, com um pedido de desculpas que esqueceram da data devido a taaaantas coisas que um casal de sessenta anos sempre afirmam ter para fazer, e que cá para nós-compreendemos!claro.
Acordava cedo, gostava dos abraços das amigas, o almoço no meio-dia tinha um prato diferente do habitual: lasanha!
Sorrisos,empolgação,nervoso.
Conforme o tempo passa, me deparo nas diferenças que encaramos devidas situações,como esta por exemplo.Cá estou sem chapinha, sem roupa preparada para o amanhã, sem a ansiedade mas com o coração preparadíssimo, diferentemente dos outros anos. Dessa vez tenho certeza que farei valer a pena o próximo ano. AMADURECIMENTO é a palavra que fecho os meus 22 anos que em seguida me despeço para receber os 23! Quero dar tchau aos 22, e dizer-lhes que eu agradeço o crescimento proporcionado. Mas que hoje me despeço satisfeita, porque sinto que junto a idade que se vai, tbm se vão as fraquezas que desejo afastar. Quando eu tiver meus filhos, alertarei-os que os 22 anos é uma idade abençoada, idade eufórica, e que quero contar-lhes tbm sobre os 23. Quero poder dizer que é uma idade de luta, de conquistas, idade de amor, idade que aprendemos muito mais sobre ser adulto.Que nos meus 23 confirmei laços importantes, com os pais, com o irmão, com as amigas, que amei muito, e que sorri todos os dias,porque sinceramente é tudo que eu desejo.
Sinto os 23 vindo como o sono da ansiedade que eu sinto esperando o dia de amanhã chegar, para poder começar um novo tempo e uma nova história.
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